domingo, 21 de abril de 2013

Aconteceu de verdade. Será?!! Episódio XXII

Neste episódio Zé Carocinho e Maria Galega relatam a primeira visita em uma colônia... Parte III

Ao cair da noite, minha primeira na colônia, voltamos ávidos por banho e todos insistiram e fizeram questão de sermos os primeiros. O estudante R me apresentou o local no fundo da casa, é aqui que tomamos banho, disse com euforia como não estivesse acreditando que estávamos ali. Observei o cômodo com calma; sendo duas lamparinas como fonte de luminosidade deixava o ambiente a um tom da penumbra, a água era armazenada em um tanque de alvenaria, ao lado dois baldes de tamanhos diferentes, o sabonete sobre a bucha vegetal por cima da mureta do tanque próximo ao recipiente amarelo do shampoo. Pendurei a toalha no prego atrás da porta, retirei minha roupa e iniciei o banho. Minha vontade era de gritar com a primeira carga de água fria, após estar todo molhado me acostumei com a temperatura da água e sai do banho renovado. 
Quando voltei para a sala já estavam acesas as lamparinas e velas. Logo após o banho de todos, o jantar foi servido com a mesma fartura do almoço, nos deliciamos novamente com a carne de Paca e aquela conversa gostosa para a digestão. Não degustei o delicioso café para não perder o sono.
A noite na colônia possui um escuro confortador, o céu atrai nossos olhares e pensamentos com a nitidez das estrelas formando as constelações. Fiquei por longo tempo hipnotizado pela beleza de um céu que nunca havia percebido com tamanho fulgor. R para ao meu lado e exclama: 
- Bonito, né Zé Carocinho?
- É Lindo!
- Aqui fique com essa lanterna. Se precisarem ir ao banheiro durante a noite a lanterna será útil. Porque poderá encontrar com sapos, pererecas, aranhas e até cobras. O banheiro você lembra? É aquela casinha ao lado da mangueira. No quarto, quando forem se deitar, não se preocupem com as aranhas na perna manca. Boa noite!
- Obrigado R. Vamos ficar mais um pouco admirando esse céu. Ótima noite!
Peguei a lanterna, olhei para Maia Galega que também me olhou com um olhar um pouco preocupado e disse:
- Aranhas no quarto, cobras no banheiro?!
- Calma, vamos aproveitar esse céu e depois vemos o quarto e o banheiro.
Antes das 21:00h já estavam todos dormindo e começamos a brincar com o foco da lanterna ao redor da casa com a esperança de encontrar algum inseto ou outro animal. Fomos ao banheiro, mas sem maiores aventuras, apenas algumas pererecas e carapanãs. No quarto procuramos as aranhas pelo chão, embaixo da cama, na cama e nada. Quando focamos para cima. Estavam lá, nos cantos da madeira semelhante ao caibro, na perna manca. Como tinha avisado R. Eram em média três caranguejeiras em cada canto, a menor era do tamanho de nossas mãos. 
Ficamos com certo receio, mas era algo comum na casa e todos conviviam sem problemas. Então nos acomodamos, trocamos alguns muxoxos até pegarmos no sono velado por aracnídeos.


Não percam.
Em breve o próximo episódio Aconteceu de verdade. Será?!!

Abraços, 
Zé Carocinho e Maria Galega

Veja também:
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