sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Que pena! Acabou mais um Carnaval...


Todo ano é a mesma coisa, o carnaval termina e todos os foliões ficam com aquele gostinho de quero mais!!
Como explicar esse sentimento de euforia e ansiedade que nos invadem e nos permitem extravasar todas as nossas vontades e, principalmente gritar para todos que queram ouvir, através de tanta criatividade e muito, muito bom humor...

Será que a receita mágica do carnaval é ter:


A explosão contagiante do frevo
Frevo. Vídeo TV Tribuna PE


O mestre Silvio Botelho confeccionando os tradicionais bonecos de Olinda
Foto: Wander Silva
Foto: Wander Silva

A magia que nos encanta desde pequenininho
Foto: Wander Silva

O puro samba
Foto: Wander Silva

Escola de samba
 Foto: NOTÍCIASbr

O mercardo informal
Foto: Wander Silva

O anonimato 
Foto: Emanuele Lima

O galo da madrugada
Galo. Foto: Veja

Foto: Wander Silva

Imaginação
Foto: Stella

Criatividade
 
 
 Foto: Wander Silva

Bloco de rua
Foto: Wander Silva

 Alegria coletiva
Foto: Wander Silva

Trio elétrico e Axé
Foto: Stella

Maracatu
Foto: Wander Silva
  
Até momento para meditação
Foto: Stella


Como canta Elza Soares: "... E o carnaval. Ciência e filosofia. Que domina o mundo inteiro. Simplesmente em três dias".

A cultura brasileira é ímpar e riquíssima, principalmente o carnaval pernambucano, uma das efervescências culturais mais democrática que conheço...

Por isso, que venha logo o próximo carnaval!!!




segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

"Flor de laranjeira roxa"

Em vez da flor de laranjeira com seus efeitos medicinais, busco pela cidade fragrâncias que me acalmam. Mesmo sabendo que o único perfume que serve-me de panacéia e detém meus distúrbios mais improváveis é o encontro dos nossos corpos exalando aromas de desejos que se completam, como se fossem a essência do suspiro final.


Fragrância. Foto: Wander Silva

A fragrância está em você, minha querida. A única flor de laranjeira roxa!!!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Aconteceu de verdade. Será?!! Episódio VI

Neste episódio, Zé Carocinho e Maria Galega relatam o dia da prova do concurso e como quase conseguiram o primeiro emprego...

Na manhã do dia 08/02/2004 acordamos apreensivos por ser o dia da prova do concurso, já sabíamos o local e o horário, pois visitamos o mesmo com antecedência para evitar transtornos. Após almoço sem extravagâncias seguimos para estrada da Sobral que passa por vários bairros periféricos e onde localizava a escola. Chegamos no horário e a prova ocorreu sem maiores problemas neste dia.
Maria Galega faria duas provas, a nossa surpresa foi que a data da segunda prova foi prorrogada em uma semana e, assim atrapalhando os nossos planos por aumentar a nossa estadia em Rio Branco. Com isso revimos as nossas finanças e condições de permanecer por mais uma semana na "terra da florestania". A primeira decisão foi encontrar outra hospedaria, mas onde e qual?

No dia seguinte os Carinhas nos ajudaram a procurar alguma pousada de menor custo. Fomos ao entorno da rodoviária, mas não nos sentimos a vontade com a atmosfera do local e, por fim chegamos ao Hotel Xapuri com valor 50% mais em conta do que o atual. As instalações eram super simples banho frio (até então era chuveiro elétrico), janela sem vidro e um colchão que parecia uma rede!!

Após dois dias por intermédio dos Carinhas e do Japa conseguimos alugar uma sala comercial com banheiro e o mais interessante: chuveiro elétrico é claro! Localizada no bairro Bosque, em frente ao local de trabalho dos Carinhas e do Japa. Os Carinhas e o Japa nos emprestaram dois colchões de solteiro, uma TV, um ventilador e uma caixa de isopor, pois comprávamos barras de gelo e improvisávamos uma geladeirinha.


Sala comercial. Foto: Wander Silva

A sala comercial localiza-se no segundo andar do edifício abaixo:
Edifício. Foto: Wander Silva


Agora, todos os dias ao acordar realizávamos primeiramente o nosso desjejum em uma lanchonete próxima, mas o que nos atraía eram os jornais locais disponíveis aos clientes. Segundo visitávamos os Carinhas e o Japa em seus trabalhos, consultávamos a lista telefônica para anotar endereços, telefones e verificar o mapa da cidade. Assim visitamos todas as escolas privadas, as secretarias de educação municipal e estadual para entregar nossos currículos. Parecia sarcasmo em todos os locais visitados a resposta era praticamente a mesma: "Poxa vida, se vocês tivessem aparecidos há um mês haveria vaga para os dois, mas como já iniciaram as aulas o quadro de professores está completo".

Entre estas visitas vivenciamos um verdadeiro humor negro. Em um cursinho pré-vestibular fui deixar o currículo e durante a conversa com o responsável pelo tal cursinho, na qual chama o professor que está em sala de aula e diz:
- Não precisa vir amanhã.
Depois me olha e acrescenta entregando-me algumas folhas grampeadas:
- Esta é a última prova do vestibular da UFAC. Trabalhe-a amanhã com a turma, a aula inicia às 8:00h em ponto.
Fiquei extasiado com a situação, vendo uma oportunidade de emprego e ao mesmo tempo desconfortável pela forma que o colega foi tratado, então sai da sala com as folhas na mão e fui para casa.

No caminho de volta contei à Maria Galega o ocorrido e fomos preparar o material para a suposta aula teste definitiva!!! Passamos o final da tarde procurando os conteúdos, revendo conceitos e selecionando exemplos. Logo  Maria Galega dormiu e eu continuei na maratona até mais tarde...

Acordo na madrugada com uma enorme dor, a minha sensação era que houvesse algo querendo sair pelo baço e entre as costelas. Então acordei a Maria Galega, assustada com a situação, não pensou duas vezes. Vamos ao hospital (há um no outro lado da rua). Fui atendido e encaminhado para a enfermaria, pois precisavam descobrir as causas das dores que não cessavam.

Enquanto aguardávamos o resultado de alguns exames peguei no sono pelo efeito da medicação e Maria Galega dirigiu-se até a calçada, sentou no meio-fio e caiu em pranto desesperada por estar em uma cidade distante, desconhecida e com nenhum familiar por perto.

Ao acordar estava Maria Galega ao meu lado segurando minha mão e acariciando meu rosto. Em momento algum demonstrou fraqueza e tampouco desespero. Após trocarmos algumas palavras entra o médico com o diagnóstico.
- Bom dia! O paciente melhorou?!!
Entregou-me uma receita e sorrindo disse que poderia ir para casa.
- Mas o que provocou aquelas dores doutor?!
- Não passa de prisão de ventre!!!
Todos riram...

Pelo andar das horas não daria tempo de chegar ao cursinho no horário. Por isso, Maria Galega foi até lá justificar a falta, mas não teve jeito e perdi a minha primeira oportunidade de emprego por causa de uma crise de gases, que na verdade não era nada mais do que nervosismo pela tal prova teste definitiva. Esse foi o meu primeiro "piti" no Acre.


Não percam.
Em breve o próximo episódio Aconteceu de verdade. Será?!!

Abraços,
Zé Carocinho e Maria Galega


domingo, 5 de fevereiro de 2012

Mãos orgânicas

Mãos orgânicas. Foto: Wander Silva

Amantes que se completam ao reencontro não só dos pés, mas também das mãos que alimentam o ritmo dos corações que sofreram a distância da saudade, mãos que juntas ganham força nessa vida de sentimentos, turbilhão que encontra e desencontra, aquece e anima o coração dos amantes solitários.

No tempo da ampulheta que mede somente uma fração, os grãos de areia fina escoando em um recipiente sem vida. Estar de corpo presente não é o suficiente para ser amado e sim o elo que une essas mãos é o que alimenta nossos corações e sustenta nossa alma plenamente no significado de ser amante. Independente do lugar ou momento não deixa de ser o sentimento que espera, sem pedir nada em troca, sem exigências, esperando somente o calor das mãos e a confiança que nos nutre.

Ampulheta orgânica


Saudade é um sentimento louco, quando menos percebemos temos nossos pensamentos sequestrados e ao mesmo tempo fixados por momentos únicos que vivemos, como um sincero sorriso, simplesmente por estar ao seu lado...

Sorrisos. Foto: Wander Silva

Toda essa loucura saudosa é a prova verdadeira do nosso amor, que transforma momentos corriqueiros em odisséias inesquecíveis!!

O melhor de nossas odisséias é saber que vou encontrar seus pés, mais uma prova de que somos um do outro, sem ser o outro, pés que caminham na mesma direção em lugares diferentes. Encontrar seus pés, sempre será como o primeiro instante em que eles se tocaram. Sentir novamente todos os sentimentos, como não ser inesquecível?!


Ampulheta orgânica. Foto: Wander Silva

A cada distanciamento dos pés é como parar a ampulheta, o tempo praticamente pára e a sensação de aperto no coroção me faz sentir um verdadeiro moribundo.

A cada reencontro dos pés, o tempo ganha ritmos diferentes que se adaptam às condições gerais de cada momento de nossas vidas possibilitando a continuidade de viver, reviver e intensificar sentimentos pertencentes unicamente aos amantes.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Olé na solidão...

As coisas acontecem no momento que devem acontecer, pois estava em casa pensando como driblar a solidão e de repente sou convidado para conhecer o sertão paraibano. Confesso que no primeiro momento fiquei tímido em aceitar, na verdade não queria atrapalhar a viagem de um amigo, mas era a oportunidade de aventurar-me pelo interior nordestino.
A expedição ficou completa em João Pessoa-PB, capital do estado da Paraíba, com três integrantes: eu, amigo e o pai do amigo. Embarcamos no possante canino e seguimos viagem com destino ao município de Souza-PB.



Litoral com falésia. Foto: Wander Silva


Incrível como a paisagem se transforma como vamos adentrando ao continente e desvendando cada relevo.


Depressão do Curimataú. Foto: Wander Silva

Casa sertaneja. Foto: Wander Silva


Vegetação seca. Foto: Wander Silva

O nosso primeiro pernoite foi em Patos-PB e descobrimos que estávamos apenas à 30km do ponto culminante do estado. Adivinha onde foi a nossa próxima parada?!


Pico do Jabre. Foto: Wander Silva

Chapadas e depressão do rio do Peixe. Foto: Wander Silva


No município de Souza-PB conhecemos o Vale dos Dinossauros. Foi uma sensação impactante...


Pegada fossilizada. Foto: Wander Silva


Pegadas fossilizadas. Foto: Wander Silva

Pegadas fossilizadas. Foto: Wander Silva

No retorno também vivenciamos sensações tão impactantes como a do Vale dos Dinossauros, pois conhecemos o Sítio Arqueológico Pedra do Ingá, localizado no município de Ingá-PB.

Gravuras rupestres. Foto: Wander Silva


Gravuras rupestres. Foto: Wander Silva


Durante a viagem não poderia faltar o famoso, mas não querido "pau-de-arara", um dos meios de transporte típico nordestino...


Pau-de-arara. Foto: Wander Silva


A distância espacial que percorremos foi aproximadamente 1000km, por outro lado voltamos no tempo mais de 70 milhões de anos... Isso sim é viagem física, espiritual, atemporal, temporal, histórica, geográfica, sociológica e mágica, não necessariamente nesta ordem!!!