quarta-feira, 23 de maio de 2012

Aconteceu de verdade. Será?!! Episódio XII

Neste episódio, Zé Carocinho e Maria Galega relatam como conheceram os colegas de trabalho e a nova hospedagem... 


O nosso primeiro sábado em Brasiléia-AC, dia ensolarado com poucas nuvens, também foi a nossa primeira reunião de trabalho, cujo objetivo era de apresentar a equipe gestora, técnica e o corpo docente que a partir de segunda-feira constituiria o quadro de funcionários da escola municipal rural Valéria Bispo Sabala, localizada na  BR 317 Km 26. A informação mais enfatizada que recebemos foi sobre o transporte escolar, nos pegariam toda manhã às 7h em ponto e se por algum motivo atrasáramos, teríamos que ir por conta própria.
Estávamos super ansiosos para conhecer as pessoas, saber notícias da escola, dos estudantes e da realidade que nos aguardava. Por outro lado, também estavam curiosíssimos para nos conhecer, pois éramos os únicos de fora do município e, nesse momento todos sabiam alguma informação da nossa chegada.
A reunião durou aproximadamente 3h, o suficiente para nos sentirmos a vontade e realizar o primeiro contato com cada colega de trabalho. Ao final quando saíamos da sala uma professora nos chamou:
- Esperem! Onde vocês estão hospedados?
- Estamos em uma pousada.
- Gostariam de ir para minha casa? Só preciso avisar Dona D, a minha sogra.
- Não queremos criar incômodo.
- Pelo contrário. Às 15h vou à pousada para conversarmos.
- Ótimo ficamos aguardando.
- Ah! Sou Xandoca. Tchau!
- Tchau!!
Voltamos à pousada apreensivos com a proposta, pois era uma atitude que não estávamos acostumados, na região Sul do Brasil, as pessoas dificilmente teriam essa iniciativa de convidar dois estranhos para se hospedarem em casa.
Pontualmente 15h batem na porta. Era Xandoca toda suada e com a respiração ofegante.
- O que aconteceu Xandoca?
- Nada. É o sol quente e vim o mais rápido que podia.
- Tome. Beba água e sente-se um pouco.
- Obrigada. As malas estão prontas?! Dona D concordou com a ideia de vocês irem para casa. Na verdade o meu tio  está morando em Santa Catarina e a casa dele está vazia. Precisa de alguns cuidados e se vocês toparem poderão ficar hospedados na casa por este mês até receberem o salário.
Olhamos-nos e dei um sinal positivo para Maria Galega que respondeu da mesma forma.
- Queremos Xandoca. Muito obrigado pela confiança e ajuda.
- Então vamos!
Sai do quarto a procura do Gigante, que estava no fundo trabalhando na obra.
- Gigante quero acertar as nossas diárias.
- Depois você acerta.
- É que estamos saindo da pousada.
- Só um minuto então.
Após cinco minutos chega o Gigante e vê nossa bagagem toda arrumada ao lado da porta e diz:
- Ah! Quem está roubando os meus hóspedes especiais é a linda Xandoca.
Todos riram. Realmente a Xandoca era linda com sua pele morena jambo, cabelos encaracolados, média estatura e corpo atlético, além de ter imenso coração. Uma acreana legítima.
- Olha não me esqueci do prefeito, assim que ele voltar de viagem marcamos algo.
- Não precisa se incomodar Gigante.
- Sim amigo, temos que realizar esse encontro.
- Obrigado por tudo e qualquer coisa estamos na Xandoca.
- Vão pela sombra e até a próxima!!!
Abraçamos-nos e pegamos nossa bagagem. Xandoca diz:
- Coloque na garupa a mais pesada.
- Agora entendi o seu cansaço todo. A bolsa menor levo na mão.
- Aqui o principal meio de transporte individual é a bicicleta. Agora vamos para o bairro Ferreira Silva.
- Vamos!!
Durante o caminho fui observando tudo: as ruas, as casas, o comércio, os transeuntes, as crianças brincando nos quintais e o que mais se revelava ao meu campo de visão.
- Aqui chegamos!
O quintal era enorme, eram duas casas de madeira uma de Xandoca e outra da Dona D. Ficavam no fundo do terreno ao lado de um igarapezinho. Na varanda estavam Dona D e duas crianças, Maninha e Maninho, filhos de Xandoca. Mas no meio do caminho eu paro, meu medo que me paralisou, pois avisto um Pit Bull e um Rottweiler. Xandoca percebendo diz:
- Venha, venha estão presos!!!
- Ufa, que susto!!!
- Pronto chegamos... Entrem tem suco de cupuaçu para vocês.
Fomos super bem recebidos pela família que mais nos ajudaria em Brasiléia-Ac.

Não percam.
Em breve o próximo episódio Aconteceu de verdade. Será?!!

Abraços,
Zé Carocinho e Maria Galega


segunda-feira, 21 de maio de 2012

Vamos à toca do Bichão


Vamos à toca do Bichão
Viver de que necessariamente precisa
Mar, ar, mata, praça, praia, maresia, pão e cão
Vamos à toca do Bichão
Toca com calor, amor, fogo, jogo, ouro, tesouro, alma e paixão
Mas para que esperar um melhor futuro sem viver o presente
E o que está na mente?!
Vamos à toca do Bichão
Quero viver o desejo de procurar os teus lábios e sentir o seu pulsar
Quero pôr-te ao sono com muxoxos
Vamos à toca do Bichão
Ontem sonhei...
Agora pensei...
Amanhã estarei...
Vamos à toca do Bichão

domingo, 20 de maio de 2012

Aconteceu de verdade. Será?!! Episódio XI


Neste episódio, Zé Carocinho e Maria Galega relatam como foram parar na pousada Orquídea Negra...


Maria Galega diz baixinho no meu ouvido:
- Vamos para o quarto, mas antes vou levar a farofa para eles na calçada.
Já no quarto:
- Então, me diga?!!!
- O que me chamou a atenção foi o nome da pousada "Orquídea Negra". Já estava exausta por andar com toda a bagagem e  na calçada em frente haviam 3  homens fazendo churrasco e bebendo cervejas. Só pensava em tomar um banho e descansar. Entrei direto na pousada sem olhar para os lados. Deparando-me com a recepção vazia, ambiente sujo, cheirando mofo e pouco escuro. Em seguida entra um dos homens que estava na calçada para me atender. Um gigante com mais de 2m de altura, traços do rosto e pele indígenas, barba por fazer, gordo, cheirando cerveja e suor.
- Tem quarto vago?
- Sim, todos!
- Quanto custa a diária?
- Com chuveiro quente e ventilador R$ 20,00.
- Ótimo! Quero um de casal. O meu esposo está chegando de Rio Branco no ônibus da noite.
- Aqui está a chave. É o primeiro à direita. Você só precisa preencher esta ficha. 
- Obrigada.
Após estar acomodada no quarto batem na porta. Era o Gigante para oferecer o ferro de passar roupa.
- Aqui está o ferro de passar, pois os lençóis não são lavados com frequência e o ferro ajuda a matar os germes.
- Ah?! Obrigada...
Maria Galega começou a olhar a cama, os lençóis e sentindo a sensação de nojo aumentar. Respirou fundo, engoliu seco pegando a toalha de banho que, pelo tamanho parecia toalha de rosto, passou com ferro na temperatura máxima e foi tomar banho. Durante o banho descobriu que o ralo estava entupido, por isso o banho foi a prestação, ligava e desligava o chuveiro várias vezes para diminuir o volume de água no chão do banheiro.
Logo após o banho chamou o Gigante para ver se desentupia ou trocava de quarto. Com o auxílio de ferros e desentupidor de pia conseguiu fazer a água começar a escorrer.
Então o Gigante saiu e Maria Galega iniciou o seu descanso deitando-se na cama e ligando o aparelho de TV.
Foi neste momento que Maria Galega percebeu que os três homens  estavam falando e rindo mais alto do que o normal, efeito das cervejas, davam risadas, gargalhadas, entravam e saiam da pousada frequentemente. O medo começou a tomar conta de Maria Galega, pois estava sozinha na pousada.
Bateram na porta novamente, o medo aumenta. E agora, o que fazer? Maria Galega olhou para janela, mas tinha uma grade. Então como não tem outra saída, abriu a porta e o Gigante a convida para participar do churrasco. Maria Galega pensou que não poderia recusar, se estivessem com más intenções não seria a frágil porta que iria impedir.  Começaram a especular sobre o Zé Carocinho, quando chegava? De onde vinha? Entre uma pergunta e outra serviam-lhe cerveja. Para evitar o efeito das cervejas, Maria Galega passou a fingir que bebia, com isso o seu copo já não era abastecido com tanta rapidez.
Após meia hora aproximadamente, o Gigante diz a todos:
- Vamos para a rodoviária ver que horas chega o Zé Carocinho.
Os três homens embarcaram no gol ano 80 sem vidros nas portas. O Gigante olha para Maria Galega e diz:
- Você vai na frente.
Maria Galega sem saber o que fazer, olhou para os lados  não viu ninguém e acabou embarcando no automóvel. Imaginem os pensamentos de Maria Galega neste momento...
Ao chegar à rodoviária descobriram que o ônibus estava atrasado mais de uma hora. Com essa informação, Gigante decidiu voltar à pousada e continuar o churrasco. Essa viagem se deu mais duas vezes e nada do ônibus chegar. Gigante a reconhecer um amigo solicitou que levasse Zé Carocinho à sua pousada, pois era um hóspede especial.
Ao voltarem para a pousada, Gigante pergunta à Maria Galega:
- Você sabe cozinhar?
- Sei o básico.
Modéstia de Maria Galega.
- Poderia fazer uma farofa pra gente?
- Sim.
- A cozinha fica no fim do corredor.
Quando Maria Galega chegou à cozinha quase voltou correndo por causa do estado que se encontrava o  fogão, as panelas todas pretas de sujeira e gordura, além dos pacotes de cimento e materiais de construção pelo chão e amontoados nos cantos. Após selecionar uma frigideira e verificar os ingredientes disponíveis (cebola, alho, salsicha e farinha de macaxeira, conhecida na região como farinha d'água) começou o preparo da farofa. Maria Galega enrolou o máximo para dar tempo de Zé Carocinho chegar. Realmente cheguei no exato instante que desligara o fogão.
Logo após Maria Galega me contar os acontecimentos, Gigante com a boca envolvida por grãos de farofa bate em nossa porta.
- Venham. Vocês vão comer conosco!
Contou-me tudo que tinha se passado desde a chegada de Maria Galega até a minha. Rimos à farta, já estávamos mais a vontade e percebemos que todos eram do bem. De repente o Gigante entra na pousada e minutos depois sai com um exemplar de "DO ESPIRITO DAS LEIS" de MONTESQUIEU debaixo do braço. Ao adimitir a importância da Democracia, contar sobre suas militâncias, sobre sua aproximidade com o governador da época e que era amigo do prefeito. Propôs-nos apresentar, naquele  instante, o prefeito. Pois fora convidado para uma festa que estava acontecendo na casa do prefeito.
Eu e Maria Galega trocamos olhares, dissemos que estávamos muito cansados e que já iríamos dormir. Deixasse a apresentação para amanhã.
Despedimos de todos e fomos para o quarto.
- Que dia!!!
- Ufa! Que bom que acabou.
- Olha, descanse bem Maria Galega, que amanhã você conhecerá o prefeito.
Após risos desmaiamos na cama.


Não percam.
Em breve o próximo episódio Aconteceu de verdade. Será?!!

Abraços,
Zé Carocinho e Maria Galega




sábado, 5 de maio de 2012

Você gosta de baixaria?!

Na capital "acreana", Rio Branco, a baixaria é apreciada por toda população sem distinção de gênero,  crença, classe social e idade. Principalmente na madrugada, antes de regressarem aos seus lares, a grande maioria dos boêmios, baladeiros e demais personagens noturnos têm parada obrigatória no Mercado do Bosque, para deliciarem e sanarem a enorme fome com uma legítima baixaria.


Baixaria. Foto: Tudo Gostoso.


Como diz Panelada: "Baixaria é a merenda oficial do Acre. ( Pão de milho, carne moída e ovos )".


Você, aceita uma baixaria?!

Aconteceu de verdade. Será?!! Episódio X

Neste episódio, Zé Carocinho e Maria Galega relatam a aventura para chegarem à Brasiléia-AC e garantirem a vaga no concurso municipal!!! Parte II


Enquanto isso, minha ansiedade dava lugar a preocupação conforme a noite iniciava, porque o ônibus atrasou e a viagem foi no estilo "pinga-pinga". Cheguei por volta das 20:00h, logo ao descer do ônibus sou abordado por um homem:
- Você é Zé Carocinho? A sua esposa pediu para te buscar.
Fiquei desconfiado do sujeito, mas como me chamou pelo nome, citou a Maria Galega e não havia outra saída aceitei.
- Sou.
- Sua esposa está na pousada dos meus amigos que me pediram para assim que chegasse te levar.
- Que bom. Muito obrigado!
- Aqui. Chegamos na pousada.
- Quanto é?
- Nada não. Se precisar é só chamar.
Agradeci novamente, apartei a mão do meu mais novo amigo e desci do veículo deparando com três homens assando carne na calçada e pelo estado bebiam há horas.
O maior levantou-se e veio à minha direção. Devia medir mais de 2m, um verdadeiro touro desgovernado em minha direção.
- Até que enfim chegou. Fomos na rodoviária três vezes para te buscar.
- O ônibus atrasou.
- É normal. A sua esposa está lá na cozinha. É só seguir o corredor. O quarto de vocês é o primeiro à direita.
Rapidamente cumprimentei os demais e adentrei ao recinto humilde, em fase de construção com um cheiro misto de materiais de construção com mofo e um leve aroma que vinha do fundo. Era a farofa preparada por Maria Galega. Parei fiquei a observá-la de costas naquele ambiente e comecei a imaginar: como fora parar ali, o que ocorreu e, principalmente se estava bem? Abraço-a bem forte em silêncio, permanecendo assim por alguns minutos.
- Você está bem querida?
- Estou sim. Agora que você chegou, ufa!
- A farofa está no fogo?
- Acabou de ficar pronta. Quer?
- Quero. Quero saber como você veio parar aqui.


Não percam.
Em breve o próximo episódio Aconteceu de verdade. Será?!!

Abraços,
Zé Carocinho e Maria Galega



sexta-feira, 4 de maio de 2012

Panelada, o que o senado tem de melhor?!

O Acre é um lugar encantado, sendo povoado por pessoas super acolhedoras e hospitaleiras, onde ganhei vários amigos, entre eles o querido Panelada. Verdadeiro cidadão acreano defensor da democracia e do Senadinho!!!
Senadinho é um local ímpar, incrível e digno de ser documentado...



Documentário: O que o senado tem de melhor
De forma carinhosa, Panelada brinda-me com a poesia abaixo:

"POESIA
Se você voltar ao Acre
lhe ofereço minha casinha
de manhã tem baixaria..
pão de milho, carne moída e ovo de galinha.
no almoço panelada
cachaça, arroz e farinha
para você dormir
uma rede bem branquinha
para matar a sede
cerveja geladinha.
para o frio tenho café
por favor, traga uma mulher
que aqui só tem a minha".

terça-feira, 1 de maio de 2012

Aconteceu de verdade. Será?!! Episódio IX

Neste episódio, Zé Carocinho e Maria Galega relatam a aventura para chegarem à Brasiléia-AC e garantirem a vaga no concurso municipal!!! Parte I


No dia seguinte logo após o café da manhã e consultar os jornais locais que não revelaram nada de interessante. Fomos ao encontro dos Carinhas para contar como se deu a tentativa frustrante em Acrelândia.
Ao chegar a Carinha empolgada nos fala:
- Acabei de receber uma ligação do Núcleo de Educação de Brasiléia. Vocês passaram, mas está com uma dúvida na sua documentação Maria Galega.
Abraçamos-nos euforicamente.
- Disse qual é o problema?
- Me parece que não poderá assumir o cargo, pois no seu diploma consta Bacharel.
- Poxa, a Licenciatura está no verso. É só virar o documento.
- Outra coisa, solicitou para vocês entrarem em contato urgente.
Ao ligar descobrimos que precisaríamos comparecer nesse dia com o diploma de Maria Galega para confirmar a sua formação em Licenciatura entre outros documentos, caso contrário perderia a vaga.
Agradecemos mais uma vez os Carinhas e corremos para Brasiléia.
Estava um dia ensolarado com poucas nuvens, a temperatura  marcava no relógio da praça 33°C e como estava muito úmido a nossa sensação éramos que estávamos cozinhando. Preparamos toda a nossa bagagem, devolvemos os objetos aos Carinhas e entregamos a sala comercial acertando os dias pendentes.
Na Gameleira deparamos com uma notícia ótima, havia um táxi pronto para sair, mas com apenas uma vaga. Então rapidamente decidimos que Maria Galega iria, pois precisava chegar o quanto antes ao Núcleo Estadual de Educação de Brasiléia para apresentar a documentação e garantir a vaga. Também levaria a bagagem por estar de táxi e eu seguiria viagem de ônibus.
Assim foi, abraçamo-nos forte, trocamos algumas palavras carinhosas, fechei a porta e o automóvel pôs-se a caminho do nosso futuro. Imediatamente segui para o Terminal Rodoviário Afonso Amoedo Costa e o próximo ônibus partiria as 13:00h. Sem ter outra saída aguardei ansioso e torcendo para Maria Galega chegar bem e resolver a situação.
Maria Galega chegara à Brasiléia no início da tarde e fora direto ao Núcleo Estadual de Educação, onde fora recebida pela simpática senhora que já a aguardava. Após apresentar os documentos (inclusive os meus), resolver a situação e receber maiores informações dos próximos trâmites, que resumia em uma reunião com toda a equipe marcada para uma semana. Maria Galega perguntou sobre alguma pousada com valor atraente. Indicaram três pousadas. Após pesquisa de preços já exausta por andar com toda a bagagem, Maria Galega, deparou-se com alguns homens animados realizando um churrasquinho em frente a uma pousada.
- Tem quarto vago?
- Todos!!!
- Quanto custa?
- R$ 20,00 com chuveiro quente.
Maria Galega abriu um sorriso e só imaginava o seu longo banho daqui alguns minutos. Após adentrar e iniciar o preenchimento da ficha foi que se deu conta que estava sozinha em uma pousada com três homens bebendo. Nesse momento Maria Galega respirou fundo e assumiu uma postura firme e decidida, tentando disfarçar a sua imagem delicada e meiga. Revelando a forte mulher que vivenciava a transição da juventude para a vida adulta. Além de contrariar todas as medidas e orientações de cuidado, na qual fora criada.

Não percam.
Em breve o próximo episódio Aconteceu de verdade. Será?!!

Abraços,
Zé Carocinho e Maria Galega