Neste episódio, Zé Carocinho e Maria Galega
relatam como foram parar na casa de Dona D...
Após nos refrescarmos e deliciarmos com saboroso suco de cupuaçu, que ocorreu durante agradável conversa com Dona D, as crianças e brincadeiras com Lana, a cachorrinha Poodle das crianças. Xandoca pergunta:
- Vamos à casa onde vocês ficarão?
- Vamos! Estamos ansiosos para conhecer.
Levantamos e seguimos Xandoca, as crianças foram correndo na frente.
A ideia era conhecer a casa, realizar uma limpeza e levantar quais seriam os reparos necessários.
Limpeza. Foto: Wander Silva.
Ficamos super empolgados com a casa e, principalmente com a família de Xandoca. Mas a noite logo após o jantar, Dona D toda sem jeito nos diz:
- Tenho uma notícia má e uma boa!
- Infelizmente meu tio não concordou com a ideia de vocês permanecerem na casa, por ter planos de voltar em breve.
A notícia nos deixou preocupados.
- Agora a boa notícia que poderão ficar em minha casa. Enquanto isso eu durmo na casa de Xandoca. Vocês aceitam?!
- Não queremos causar mais incômodo.
- Vocês já vão dormir hoje na nova morada.
Todos riram.
- Pelo contrário. Será um enorme prazer tê-los.
- Então, só temos a agradecer!!
Era uma casa tipicamente acreana com uma área coberta em volta, toda de madeira e suspensa do chão aproximadamente 1 metro. A nossa maior curiosidade era conhecer o banheiro, pois conhecia casas na região Sul de madeira, mas com o banheiro de alvenaria, conhecida como casa mista. Nossa curiosidade foi logo desfeita. Realmente era todo de madeira e as frestas entre as tábuas serviam de ralo para escoar a água do chuveiro. Claro que esse cômodo da casa necessitava de uma manutenção maior, principalmente na substituição das madeiras.
Chegou a hora de dormir e fomos ao nosso mais novo lar, onde Dona D deixou tudo preparado, limpo e cama arrumada. Consistia em um quarto, cozinha, banheiro e área de serviço, sendo toda a casa rodeada por uma área coberta. Antes de pegar no sono exploramos as dependências, nos familiarizamos com o cheiro, com os ruídos que vinham das madeiras quando pressionadas pelo caminhar. Antes de pegar no sono, mas com as luzes apagadas percebemos barulhos e movimentos ao redor e de baixo da casa. Confesso que essa situação nos deixou mais que preocupados, na verdade com enorme medo.
- Você ouviu Zé Carocinho?
- Ouvi Maria Galega! São os espíritos da floresta...
- Não brinque. Pode ser ladrão. Levante e vai ver.
- Eu?! Vamos juntos!!!
Maria Galega não saiu da cama. Levantei procurei os chinelos, acendi as luzes e com uma vassoura na mão abri a porta e chamei Dona D através de gritos.
- Dona D, Dona D, Dona D. Estás acordada?!!!
A janela se abre e aparece Dona D com expressão sonolenta.
- O que aconteceu?
- Ouvimos barulho de movimento ao redor e de baixo da casa.
- Não se preocupem... É o Zulu!
-Zulu?
- É o Rottweiler, durante a noite fica solto.
- Ufa, que bom!!! Por favor, me desculpe.
- Tudo bem. Boa noite.
- Boa noite.
Agora sabendo a origem da movimentação e com sensação de segurança dormimos como duas crianças.
Não percam.
Em breve o próximo episódio Aconteceu de verdade. Será?!!
Abraços,
Zé Carocinho e Maria Galega
Veja também:
Episódio I, Episódio II, Episódio III, Episódio IV,
Episódio V, Episódio VI, Episódio VII, Episódio VIII,
Episódio IX, Episódio X, Episódio XI, Episódio XII,
Episódio XIII, Episódio XIV, Episódio XV,
Episódio XVI, Episódio XVII, Episódio XVIII,
Episódio XIX, Episódio XX, Episódio XXI,
Episódio XXII, Episódio XXIII, Episódio XXIV,
Episódio XXV, Episódio XXVI, Episódio XXVII,Episódio XXVIII
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