Neste episódio, Zé
Carocinho e Maria Galega relatam o dia da prova do concurso e como quase conseguiram o primeiro emprego...
Na manhã do dia 08/02/2004 acordamos apreensivos por ser o dia da prova do concurso, já sabíamos o local e o horário, pois visitamos o mesmo com antecedência para evitar transtornos. Após almoço sem extravagâncias seguimos para estrada da Sobral que passa por vários bairros periféricos e onde localizava a escola. Chegamos no horário e a prova ocorreu sem maiores problemas neste dia.
Maria Galega faria duas provas, a nossa surpresa foi que a data da segunda prova foi prorrogada em uma semana e, assim atrapalhando os nossos planos por aumentar a nossa estadia em Rio Branco. Com isso revimos as nossas finanças e condições de permanecer por mais uma semana na "terra da florestania". A primeira decisão foi encontrar outra hospedaria, mas onde e qual?
No dia seguinte os Carinhas nos ajudaram a procurar alguma pousada de menor custo. Fomos ao entorno da rodoviária, mas não nos sentimos a vontade com a atmosfera do local e, por fim chegamos ao Hotel Xapuri com valor 50% mais em conta do que o atual. As instalações eram super simples banho frio (até então era chuveiro elétrico), janela sem vidro e um colchão que parecia uma rede!!
Após dois dias por intermédio dos Carinhas e do Japa conseguimos alugar uma sala comercial com banheiro e o mais interessante: chuveiro elétrico é claro! Localizada no bairro Bosque, em frente ao local de trabalho dos Carinhas e do Japa. Os Carinhas e o Japa nos emprestaram dois colchões de solteiro, uma TV, um ventilador e uma caixa de isopor, pois comprávamos barras de gelo e improvisávamos uma geladeirinha.
Entre estas visitas vivenciamos um verdadeiro humor negro. Em um cursinho pré-vestibular fui deixar o currículo e durante a conversa com o responsável pelo tal cursinho, na qual chama o professor que está em sala de aula e diz:
- Não precisa vir amanhã.
Depois me olha e acrescenta entregando-me algumas folhas grampeadas:
- Esta é a última prova do vestibular da UFAC. Trabalhe-a amanhã com a turma, a aula inicia às 8:00h em ponto.
Fiquei extasiado com a situação, vendo uma oportunidade de emprego e ao mesmo tempo desconfortável pela forma que o colega foi tratado, então sai da sala com as folhas na mão e fui para casa.
No caminho de volta contei à Maria Galega o ocorrido e fomos preparar o material para a suposta aula teste definitiva!!! Passamos o final da tarde procurando os conteúdos, revendo conceitos e selecionando exemplos. Logo Maria Galega dormiu e eu continuei na maratona até mais tarde...
Acordo na madrugada com uma enorme dor, a minha sensação era que houvesse algo querendo sair pelo baço e entre as costelas. Então acordei a Maria Galega, assustada com a situação, não pensou duas vezes. Vamos ao hospital (há um no outro lado da rua). Fui atendido e encaminhado para a enfermaria, pois precisavam descobrir as causas das dores que não cessavam.
Enquanto aguardávamos o resultado de alguns exames peguei no sono pelo efeito da medicação e Maria Galega dirigiu-se até a calçada, sentou no meio-fio e caiu em pranto desesperada por estar em uma cidade distante, desconhecida e com nenhum familiar por perto.
Ao acordar estava Maria Galega ao meu lado segurando minha mão e acariciando meu rosto. Em momento algum demonstrou fraqueza e tampouco desespero. Após trocarmos algumas palavras entra o médico com o diagnóstico.
- Bom dia! O paciente melhorou?!!
Entregou-me uma receita e sorrindo disse que poderia ir para casa.
- Mas o que provocou aquelas dores doutor?!
- Não passa de prisão de ventre!!!
Todos riram...
Pelo andar das horas não daria tempo de chegar ao cursinho no horário. Por isso, Maria Galega foi até lá justificar a falta, mas não teve jeito e perdi a minha primeira oportunidade de emprego por causa de uma crise de gases, que na verdade não era nada mais do que nervosismo pela tal prova teste definitiva. Esse foi o meu primeiro "piti" no Acre.
Não percam.
Em breve o próximo episódio Aconteceu de verdade. Será?!!
Abraços,
Zé Carocinho e Maria Galega
Na manhã do dia 08/02/2004 acordamos apreensivos por ser o dia da prova do concurso, já sabíamos o local e o horário, pois visitamos o mesmo com antecedência para evitar transtornos. Após almoço sem extravagâncias seguimos para estrada da Sobral que passa por vários bairros periféricos e onde localizava a escola. Chegamos no horário e a prova ocorreu sem maiores problemas neste dia.
Maria Galega faria duas provas, a nossa surpresa foi que a data da segunda prova foi prorrogada em uma semana e, assim atrapalhando os nossos planos por aumentar a nossa estadia em Rio Branco. Com isso revimos as nossas finanças e condições de permanecer por mais uma semana na "terra da florestania". A primeira decisão foi encontrar outra hospedaria, mas onde e qual?
No dia seguinte os Carinhas nos ajudaram a procurar alguma pousada de menor custo. Fomos ao entorno da rodoviária, mas não nos sentimos a vontade com a atmosfera do local e, por fim chegamos ao Hotel Xapuri com valor 50% mais em conta do que o atual. As instalações eram super simples banho frio (até então era chuveiro elétrico), janela sem vidro e um colchão que parecia uma rede!!
Após dois dias por intermédio dos Carinhas e do Japa conseguimos alugar uma sala comercial com banheiro e o mais interessante: chuveiro elétrico é claro! Localizada no bairro Bosque, em frente ao local de trabalho dos Carinhas e do Japa. Os Carinhas e o Japa nos emprestaram dois colchões de solteiro, uma TV, um ventilador e uma caixa de isopor, pois comprávamos barras de gelo e improvisávamos uma geladeirinha.
Sala comercial. Foto: Wander Silva
A sala comercial localiza-se no segundo andar do edifício abaixo:
Edifício. Foto: Wander Silva
Agora, todos os dias ao acordar realizávamos primeiramente o nosso desjejum em uma lanchonete próxima, mas o que nos atraía eram os jornais locais disponíveis aos clientes. Segundo visitávamos os Carinhas e o Japa em seus trabalhos, consultávamos a lista telefônica para anotar endereços, telefones e verificar o mapa da cidade. Assim visitamos todas as escolas privadas, as secretarias de educação municipal e estadual para entregar nossos currículos. Parecia sarcasmo em todos os locais visitados a resposta era praticamente a mesma: "Poxa vida, se vocês tivessem aparecidos há um mês haveria vaga para os dois, mas como já iniciaram as aulas o quadro de professores está completo".Entre estas visitas vivenciamos um verdadeiro humor negro. Em um cursinho pré-vestibular fui deixar o currículo e durante a conversa com o responsável pelo tal cursinho, na qual chama o professor que está em sala de aula e diz:
- Não precisa vir amanhã.
Depois me olha e acrescenta entregando-me algumas folhas grampeadas:
- Esta é a última prova do vestibular da UFAC. Trabalhe-a amanhã com a turma, a aula inicia às 8:00h em ponto.
Fiquei extasiado com a situação, vendo uma oportunidade de emprego e ao mesmo tempo desconfortável pela forma que o colega foi tratado, então sai da sala com as folhas na mão e fui para casa.
No caminho de volta contei à Maria Galega o ocorrido e fomos preparar o material para a suposta aula teste definitiva!!! Passamos o final da tarde procurando os conteúdos, revendo conceitos e selecionando exemplos. Logo Maria Galega dormiu e eu continuei na maratona até mais tarde...
Acordo na madrugada com uma enorme dor, a minha sensação era que houvesse algo querendo sair pelo baço e entre as costelas. Então acordei a Maria Galega, assustada com a situação, não pensou duas vezes. Vamos ao hospital (há um no outro lado da rua). Fui atendido e encaminhado para a enfermaria, pois precisavam descobrir as causas das dores que não cessavam.
Enquanto aguardávamos o resultado de alguns exames peguei no sono pelo efeito da medicação e Maria Galega dirigiu-se até a calçada, sentou no meio-fio e caiu em pranto desesperada por estar em uma cidade distante, desconhecida e com nenhum familiar por perto.
Ao acordar estava Maria Galega ao meu lado segurando minha mão e acariciando meu rosto. Em momento algum demonstrou fraqueza e tampouco desespero. Após trocarmos algumas palavras entra o médico com o diagnóstico.
- Bom dia! O paciente melhorou?!!
Entregou-me uma receita e sorrindo disse que poderia ir para casa.
- Mas o que provocou aquelas dores doutor?!
- Não passa de prisão de ventre!!!
Todos riram...
Pelo andar das horas não daria tempo de chegar ao cursinho no horário. Por isso, Maria Galega foi até lá justificar a falta, mas não teve jeito e perdi a minha primeira oportunidade de emprego por causa de uma crise de gases, que na verdade não era nada mais do que nervosismo pela tal prova teste definitiva. Esse foi o meu primeiro "piti" no Acre.
Não percam.
Em breve o próximo episódio Aconteceu de verdade. Será?!!
Abraços,
Zé Carocinho e Maria Galega
Veja também:
Episódio I, Episódio II, Episódio III, Episódio IV,
Episódio V, Episódio VI, Episódio VII, Episódio VIII,
Episódio IX, Episódio X, Episódio XI, Episódio XII,
Episódio XIII, Episódio XIV, Episódio XV,
Episódio XVI, Episódio XVII, Episódio XVIII,
Episódio XIX, Episódio XX, Episódio XXI,
Episódio XXII, Episódio XXIII, Episódio XXIV,
Episódio XXV, Episódio XXVI, Episódio XXVII,Episódio XXVIII
Episódio I, Episódio II, Episódio III, Episódio IV,
Episódio V, Episódio VI, Episódio VII, Episódio VIII,
Episódio IX, Episódio X, Episódio XI, Episódio XII,
Episódio XIII, Episódio XIV, Episódio XV,
Episódio XVI, Episódio XVII, Episódio XVIII,
Episódio XIX, Episódio XX, Episódio XXI,
Episódio XXII, Episódio XXIII, Episódio XXIV,
Episódio XXV, Episódio XXVI, Episódio XXVII,Episódio XXVIII
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