Neste episódio, Zé Carocinho e Maria Galega relatam como planejaram a viagem rumo ao futuro...
Na semana seguinte iniciamos os preparativos para realizar a viagem.
Primeiro levantamos as nossas finanças, que resumia no restante da
venda do “Raladinho”(Escort 1986), pois mais da metade já tinha sido gasto e
três parcelas do seguro desemprego para receber. Após somar, subtrair,
multiplicar e dividir as nossas economias chegamos a conclusão que
conseguiríamos as passagens de ida e sobreviver por três semanas. Era o
suficiente, a nosso ver, para conhecer a floresta Amazônica, realizar as provas do concurso e
voltar à Maringá-PR. Com um detalhe, se não desse certo no Acre tentaríamos buscar
alternativas nos estados que iríamos cruzar. Voltaríamos parando nos estados de
Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul para tentarmos conseguir algum
emprego. No nosso pensamento - se não conseguíssemos trabalho e a nossa finança zerasse - voltaríamos de carona.
Segundo pesquisamos hotéis, pousadas, custo de vida e companhias de
ônibus que faziam esse translado, como não conhecíamos a região e não tínhamos
nenhum contato para nos auxiliar se tornou mais difícil do que imaginávamos. Na
época havia pouca informação sobre o estado do Acre na internet, conseguimos o
contato de poucos hotéis e não encontramos nenhuma pousada. A primeira ligação
realizada para termos mais informações sobre os hotéis, fez perceber o início
das mudanças em nossas vidas. Um gostinho de novidade, descobertas, risos
nervosos, tudo em um simples diálogo, mas complexo em suas diferenças, fuso
horário, sotaque, a presteza do atendente eram apenas “aperitivos” para nossa transformação. Para pesquisar as empresas de
viação que faziam essa rota, foi necessário ir até a rodoviária e ficar
observando as rotas das empresas pintadas na parede ou nos painéis. Descobrimos
que de todas as empresas apenas 2 realizavam essa viagem.
Terceiro e mais difícil, comunicar nossos familiares da nossa aventura
ao extremo oeste brasileiro, que no início não acreditaram e consideraram um
absurdo. Quando relatamos os planos e motivos da viagem Dona Ildis (mãe de Zé
Carocinho) disse:
- Mas o Acre é tão longe e difícil acesso. Pode ser em Mato Grosso do
Sul aqui no ladinho?!
- No fim da década de 1970 foram vocês que saíram em busca de um futuro
melhor para nós. Lembra o que levaram a trocar Telêmaco Borba-PR por
Camaçari-BA?! Agora chegou a nossa hora
de tentar sobreviver e conquistar espaço no mercado de trabalho e um futuro
melhor para nossos filhos.
Após nossos argumentos perceberam que estávamos falando sérios e
decididos.
Então na segunda-feira (02/02/2004) embarcamos no Terminal Rodoviário Vereador Jamil Josepetti com destino ao futuro de nossas vidas. Sempre nos
perguntam o que moveu essa decisão. Sempre respondemos com a mesma convicção e
ideais que nos movem até hoje, o espírito aventureiro, sermos “jovens”, não
termos filhos e encontrar o nosso espaço neste mundo.
Não
percam.
Em breve o próximo episódio Aconteceu de verdade. Será?!!
Abraços,
Zé Carocinho e Maria Galega
Em breve o próximo episódio Aconteceu de verdade. Será?!!
Abraços,
Zé Carocinho e Maria Galega
Veja também:
Episódio I, Episódio II, Episódio III, Episódio IV,
Episódio V, Episódio VI, Episódio VII, Episódio VIII,
Episódio IX, Episódio X, Episódio XI, Episódio XII,
Episódio XIII, Episódio XIV, Episódio XV,
Episódio XVI, Episódio XVII, Episódio XVIII,
Episódio XIX, Episódio XX, Episódio XXI,
Episódio XXII, Episódio XXIII, Episódio XXIV,
Episódio XXV, Episódio XXVI, Episódio XXVII,Episódio XXVIII
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